Atividade de orientação coletiva da disciplina de Atenção Integral à Criança II

Os alunos do 6º período do curso de Odontologia da UFMG, matriculados na disciplina de Atenção Integral à Criança II, realizaram no dia três de maio último uma atividade de orientação coletiva a pacientes e responsáveis, sob a orientação dos professores de Odontopediatria. Foram abordados aspectos relacionados a promoção de saúde, cidadania e meio ambiente. Esta é uma atividade integrante do cronograma semestral da disciplina, que propicia, de forma lúdica e descontraída, uma maior interatividade entre os alunos, pacientes e responsáveis, contribuindo para a eficiência da atenção odontológica à criança. Parabéns a todos pela participação!

Aperfeiçoamento em Odontopediatria: inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o curso de Aperfeiçoamento em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFMG: http://www.cursoseeventos.ufmg.br/CAE/DetalharCae.aspx?CAE=7871

O curso será coordenado pelas professoras Dra. Cristiane Baccin Bendo, Dra. Fernanda Morais Ferreira e Dra. Fernanda Bartolomeo Freire Maia, e contará com a participação de todo o corpo docente da Odontopediatria da UFMG (Dra. Carolina de Castro Martins, Dra. Cristiane Baccin Bendo, Dra.  Fernanda Bartolomeo Freire Maia, Dra. Fernanda Morais Ferreira, Dra. Isabela Almeida Pordeus, Dra. Joana Ramos Jorge, Dra. Júnia Maria Serra Negra, Dr. Lucas Guimarães Abreu, Dra. Miriam Pimenta Vale, Dra. Patrícia Zarzar, Dr. Paulo Antônio Martins Júnior, Dr. Saul Martins Paiva e Dra. Sheyla Márcia Auad). O curso ainda contará com a participação da Profa. Dra. Ana Cecília Diniz Viana, do Departamento de Odontologia Restauradora, área de Endodontia, da UFMG que ministrará conteúdos teóricos e práticos sobre instrumentação rotatória na terapia pulpar de dentes decíduos, além de alguns outros professores convidados.

O início do curso está previsto para agosto de 2017, com término em junho de 2018. O curso terá carga horária de 180 horas, divididas em aulas teóricas, práticas pré-clínicas e atendimento clínico a pacientes. O curso será quinzenal (12 horas semanais), com aulas às quintas-feiras à tarde e sextas-feiras de manhã e à tarde.

O Aperfeiçoamento em Odontopediatria visa oferecer aos profissionais aprimoramento científico, teórico e prático no diagnóstico e planejamento do tratamento odontológico dos pacientes infantis, em diferentes níveis de complexidade.

Parceria Fonoaudiologia e Odontopediatria UFMG recebeu reconhecimento em evento científico

O projeto de pesquisa intitulado “O uso de chupeta por filhos de mães surdas e não surdas”, coordenado pelas professoras do OPO Júnia Serra-Negra e Carolina Martins e pela professora do Curso de Fonoaudiologia da UFMG Erika Parlatto, recebeu Menção Honrosa no Encontro Brasileiro de Cuidados Paliativos em Saúde Infantil que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro no mês de abril. A pesquisa corresponde ao Trabalho de Conclusão de Curso da graduanda da Fonoaudiologia Raquel Fabiane Nogueira (foto), que trabalhou em conjunto com a doutoranda Larissa Carcavalli (Programa de Pós-Graduação em Odontologia, área de concentração em Odontopediatria da FOUFMG). Para a aplicação dos instrumentos de coleta de dados do trabalho entre as mães surdas, as alunas utilizam a linguagem de Libras. A ideia partiu da aluna de fonoaudiologia e tem como hipótese analisar se as mães surdas possuem percepção diferenciada do choro da criança e da utilização de chupetas como tranquilizadora desse choro em função da deficiência. Parabenizamos a toda a equipe de trabalho pela bela iniciativa!

1ª. Edição dos Cursos de Verão de Bioestatística e Revisão Sistemática para público externo

Foram ofertados pela primeira vez, na Faculdade de Odontologia da UFMG, os cursos de verão que aconteceram entre 06 a 18 de fevereiro de 2017. Estes cursos são atividades de extensão com o apoio do Colegiado de Pós-Graduação em Odontologia da UFMG, e coordenados por professores do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia (OPO), voltados para o público externo.

Os cursos ofertados foram:

– Curso de Revisão Sistemática, coordenado pelos professores do OPO Carolina de Castro Martins, Lucas Guimarães Abreu e Saul Martins de Paiva, com carga horária de 45 horas. O objetivo foi a capacitação para a prática baseada em evidências e desenvolvimento de revisões sistemáticas. Participaram um total de 19 alunos, sendo em sua maioria público externo (13), vindos da Universidade de Cuiabá, Fiocruz, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Estadual da Paraíba, Universidade dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Universidade de Uberlândia; e seis alunos internos da própria UFMG.

– Curso de Bioestatística, coordenado pelos professores do OPO Isabela Almeida Pordeus, Cristiane Baccin Bendo e Lucas Guimarães Abreu, com carga horária de 45 horas. O objetivo foi proporcionar aos alunos um aprofundamento técnico científico sobre desenhos de estudo, cálculo amostral, introdução ao SPSS, análises bivariadas com testes paramétricos e não-paramétricos, análise de cluster, modelos de regressão multivariados, análise multinível e estatísticas de validação de questionários. Participaram deste curso um total de 22 alunos, vindos da própria UFMG e de instituições como Universidade Federal de Goiás, Universidade Estadual da Paraíba, Fiocruz, Universidade Positivo (Paraná) e Universidade Ceuma (Maranhão).

Esta iniciativa dos cursos de verão na Faculdade de Odontologia da UFMG também contou com o Curso de Pesquisa Qualitativa, coordenado pelas professoras do Departamento de Odontologia Social e Preventiva, Efigênia Ferreira e Ferreira e Andrea Vargas, com carga horária de 32 horas. O objetivo foi compreender a abordagem qualitativa em pesquisa e capacitação para utilização do método em estudos na área de saúde.

As inscrições para os próximos cursos serão divulgadas na página do Colegiado de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia da UFMG.

Por Carolina C Martins e Cristiane B Bendo

Università degli Studio di Pàdova concede certificado com honra ao mérito para professora Júnia Serra-Negra por sua dedicação durante seu pós-doutorado

No ano passado, a professora do OPO Júnia Serra-Negra (foto) foi agraciada com uma bolsa CAPES para realização de pós-doutorado na Università degli Studio di Pàdova, Itália. Ela desenvolveu seu estágio pós-doutoral no período de abril a outubro de 2016, tendo sido seis meses de intensa atividade no exterior. A experiência envolveu ainda uma preparação da professora que, previamente ao estágio, enquanto desenvolvia suas pesquisas e orientações na UFMG, fez questão de se dedicar ao estudo a língua italiana, mesmo tendo recebido orientação de seu supervisor, professor Daniele Manfredini, de que a comunicação poderia se dar em inglês. A professora Júnia comentou que o fato de dominar a língua local foi um desafio, mas ao mesmo tempo lhe abriu portas, tanto em Pàdova como em outras Universidades Italianas, tais como: Bologna, Ferrara, Verona, Treviso e La Sapienza di Roma onde ministrou cursos sobre o bruxismo em crianças. Ela também foi palestrante em dois congressos europeus: o 2o. Congresso do GSID (Grupo di Studio Italiano Disordini Craniomandibulare) e o European Sleep Research Society Congress, em Bologna. Após estas participações, ela recebeu convites para ministrar Aula Inaugural do Curso de Especialização em Odontopediatria nas Universidade de Coimbra, Universidade do Porto e Universidade de Lisboa, em Portugal. Essa parceria com Portugal já gerou um estudo de pesquisa multicêntrico que avaliará a associação de bruxismo e perfil do ciclo circadiano em universitários. Portanto, mesmo após o retorno da professora a suas atividades no Brasil, essas parcerias com pesquisadores europeus continuarão e poderão contribuir ainda mais para o Programa de Pós Graduação em Odontologia da UFMG. A professora comentou que, em todas as suas palestras, fazia questão de exaltar a nossa instituição e de destacar o trabalho em equipe dos professores da Odontopediatria da FO-UFMG. Como produto das parcerias e pesquisas desenvolvidas na Europa, a professora já elaborou e submeteu cinco artigos em importantes revistas internacionais, tendo sido em quatro deles a primeira autora. Parabenizamos a professora Júnia Serra-Negra que representou brilhantemente nossa instituição no exterior!

Professor Lucas Guimarães Abreu recebeu a Menção Honrosa do Prêmio Capes de Tese 2016

No dia 14 de dezembro, o Professor do OPO Lucas Guimarães Abreu recebeu em Brasília a Menção Honrosa do Prêmio Capes de Tese 2016 da área de Odontologia outorgado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O trabalho vencedor do prêmio foi a sua tese de doutorado intitulada “Impacto da má oclusão e do tratamento ortodôntico na qualidade de vida de adolescentes”, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFMG, sob a orientação do Professor Saul Martins de Paiva e Co-orientação da Professora Elizabeth Maria Bastos Lages, ambos professores do OPO, e defendida no ano de 2015. O Departamento de Odontopediatria e Ortodontia se sente triplamente agraciado com esta distinção acadêmica e parabeniza os docentes envolvidos.

Encerramento do XIX Curso de Aperfeiçoamento em Ortodontia e Ortopedia Facial da UFMG

Encerrou-se no dia 5 de dezembro mais uma turma do curso de Aperfeiçoamento em Ortodontia e Ortopedia Facial da UFMG. O curso é ofertado pelo Departamento de Odontopediatria e Ortodontia anualmente, tem carga horário de 180 horas, e visa desenvolver no profissional, conhecimentos, habilidades e atitudes que o capacitem a atuar na prevenção e interceptação das más oclusões. Este curso foi coordenado pela Professora do OPO Leniana Santos Neves, foi ministrado por professores da disciplina de Ortodontia e convidados, e contou com a participação de 16 alunos (foto). As aulas englobaram conteúdos direcionados a temas da teoria ortodôntica preventiva e interceptativa, assim como o planejamento, o diagnóstico e o atendimento a pacientes com necessidades ortodônticas.

Defesa de monografias da 6ª. Turma da Especialização em Ortodontia da UFMG

Aconteceram no dia 2 de dezembro no auditório da Faculdade de Odontologia as defesas de monografias da 6ª. Turma de Especialização em Ortodontia da UFMG. As alunas apresentaram seus trabalhos de TCC perante a banca examinadora, como exigência para a obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Familiares e amigos participaram das defesas.

Os professores e funcionários da UFMG parabenizam as alunas (foto): Inah Vanetti Teixeira, Paula Cardoso Onofri, Barbara Oliveira de Magalhães, Sabrina Amorin Dornas.

II° Encontro dos Alunos e Ex-alunos do Curso de Especialização em Ortodontia da UFMG

Nos dias 18 e 19 de novembro, aconteceu no auditório da Faculdade de Odontologia da  UFMG, o “II° Encontro de Alunos e Ex-alunos do Curso de Especialização em Ortodontia da UFMG”, evento este organizado pelos professores da disciplina de Ortodontia e que contou com mais de 120 participantes (foto). Foi um sucesso, com a participação expressiva de ex-alunos do curso de Especialização em Ortodontia da UFMG, bem como de outras instituições de ensino, além de ortodontistas clínicos de todo estado de Minas Gerais. Todos os presentes ficaram satisfeitos com os cursos de alto nível técnico, científico e com ampla evidência clínica.
O Evento foi aberto com a palestra do Professor Ricardo Tanus Valle, membro fundador da Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular (DTM) e Dor orofacial, que enfatizou em sua palestra os critérios diagnósticos da DTM em pacientes ortodônticos. Em seguida, o Professor da FO-UFMG Wagner Henriques Castro, coordenador do Serviço Especial de Diagnóstico e Tratamento em Odontologia do Hospital das Clínicas da UFMG, discorreu sobre o diagnóstico Orto-Cirurgico e sua importância para o planejamento multidisciplinar. O período da tarde iniciou-se com a palestra do Professor Associado de Ortodontia da Universidade Federal do Paraná, Ricardo Moresca,  abordando o diagnóstico voltado para as Metas Estéticas no Tratamento Ortodôntico. No dia 19 foi a vez do Professor Rodrigo Hermond Cançado, do curso de Mestrado Profissionalizante em Odontologia da UNINGÁ, que ministrou durante todo o dia uma belíssima aula de propriedades dos fios ortodônticos, baseando na prática clínica.
Houve um momento marcante neste encontro, quando os atuais alunos do curso de Especialização em Ortodontia fizeram uma homenagem especial ao nosso querido mestre José Ferreira Rocha Júnior que se aposentou recentemente (foto). O docente recebeu a homenagem após 33 anos de atuação na disciplina de Ortodontia da UFMG.

Água fluoretada: o que se tem de evidências científicas

Há vários estudos que comprovam os benefícios do flúor para a prevenção da cárie dentária. Um importante estudo que comprova o benefício do flúor adicionado à água de abastecimento público é uma revisão sistemática realizada pelo Oral Health Group da Cochrane. As revisões sistemáticas são consideradas como o mais alto nível de evidência científica na pirâmide de evidências científicas.

Esta revisão sistemática (Iheozor-Ejiofor et al., 2015) foi uma atualização de uma revisão sistemática previamente realizada em 2000 (McDonagh et al. 2000). Após a busca eletrônica, os autores incluíram 107 estudos prospectivos que tivessem grupo controle, comparando pelos menos duas populações: uma recebendo água fluoretada e outra população que não recebia água fluoretada. Dentre os estudos incluídos, 22 relatavam dados de incremento de cárie dentária e 135 estudos reportavam dados de fluorose dentária. Em resumo, os principais resultados são:

– A água fluoretada é capaz de reduzir em média 35% de cárie dentária em dentes decíduos e em 26% de cárie dentária em dentes permanentes quando se compara com populações que moram em comunidades sem flúor na água; sendo a evidência científica mais forte para a dentição decídua.

– A água fluoretada é capaz de aumentar a proporção de indivíduos livres de cárie dentária na dentição decídua e permanente, quando se compara com populações vivendo em comunidades sem flúor na água;

– Por outro lado, o aumento da exposição ao flúor pode resultar numa maior prevalência de fluorose dentária, sendo que a cada unidade de flúor (1 ppm F) a mais na água há um aumento de 2,9 vezes na chance de apresentar fluorose. Este cálculo se baseou em relatos de comunidades que tinham água artificialmente e naturalmente fluoretada (entre 0 a 5 ppm F).

A quantidade de flúor na água é expressa em ppm F (partes por milhão de flúor). A água pode ser artificialmente fluoretada, quando o flúor é introduzido na água de abastecimento público como forma de prevenção contra a cárie. Nestes casos, o teor ótimo de flúor na água em regiões subtropicais como o Brasil é em torno de 0,7 ppm F, podendo ter uma variação entre 0,6 a 0,8 ppm F conforme a região (Cury e Tenuta, 2004). E a água pode ser naturalmente fluoretada, nestes casos, com alto teor de flúor na água. Isto ocorre normalmente porque as condições geológicas do solo contaminam o lençol freático com o flúor, comum em regiões com depósitos naturais de fluorita. Nestas regiões, o teor de flúor na água é alto, como em Cocal (Santa Catarina), onde na década de 80, a água tinha teor de flúor de até 5,6 ppm F (Paiva e Barros-Filho, 1993).

Portanto, para comunidades com teor ótimo de flúor na água, como a cidade de Belo Horizonte (em torno de 0,7 ppm F), a probabilidade de ocorrência de fluorose dentária que cause preocupação estética é de 0,12% (Iheozor-Ejiofor et al., 2015). Isto significa que a fluoretação artificial da água de abastecimento pública é segura e traz benefícios para prevenção da cárie dentária, com risco mínimo para a ocorrência de fluorose dentária esteticamente comprometedora.

Dessa forma, a fluoretação da água de abastecimento público é uma medida adotada pelo Ministério da Saúde (Brasil, 2009), sendo uma medida universal, capaz de abranger a maior parte da população, sem discriminação quanto ao nível socioeconômico. Além disso, os dados epidemiológicos do Brasil têm mostrado um decréscimo da prevalência de cárie dentária, muito sendo atribuído às políticas públicas de promoção da saúde, à água de abastecimento público fluoretada e uso do flúor através de outras fontes, como os dentifrícios fluoretados.

Pelas evidências científicas, o que se tem comprovado é que o flúor na água de abastecimento público é responsável pela redução de cárie dentária, sendo seu efeito mais efetivo em dentes decíduos, a despeito de um pequeno aumento da prevalência de fluorose dentária em dentes permanentes.

Por Carolina C Martins e Saul M Paiva*

*Carolina é Professora Adjunta e Saul é Professor Titular, ambos do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da FO-UFMG.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia de recomendações para uso de fluoretos no Brasil. Brasília, DF, 2009. 58 p. Disponível em <http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2010/02/livro_guia_fluoretos.pdf>

Cury JA, Tenuta LMA. Ribeiro CCC, Paes Leme AF. The Importance of Fluoride Dentifrices to the Current Dental Caries Prevalence in Brazil. Braz Dent R 2004,15: 167-174.

Iheozor-Ejiofor Z, Worthington HV, Walsh T, O’Malley L, Clarkson JE, Macey R, AlamR, Tugwell P, Welch V, Glenny AM. Water fluoridation for the prevention of dental caries (review). Cochrane Database of Systematic Reviews, 2015: CD010856.

McDonagh M, Whiting P, Bradley M, Cooper J, Sutton A, Chestnutt I, et al. A Systematic Review of Community Water Fluoridation. NHS Centre for Reviews and Dissemination, University of York 2000.

Paiva SM, Barros-Filho MA. Contribuição ao estudo da fluorose dentária, na dentição permanente, uma comunidade com fluorose endêmica (Cocal – Urussanga – Santa Catarina). Revista de Odontopediatria, 1993, 2:5-15.