Professores da Faculdade de Odontologia da UFMG participam de projeto de reconstrução de faces na Ucrânia

Médicos e cirurgiões dentistas brasileiros estão executando em Kiev, capital da Ucrânia , sob o patrocínio do Rotary International , o projeto Smile Ukraine. Um projeto inovador e de alta tecnologia que realiza o tratamento de fissuras labiopalatais e deformidades craniofaciais. O foco do projeto é tratar principalmente crianças com essas condições.

O projeto foi iniciado em 2013 e já realizou mais de 200 cirurgias. A iniciativa tem como propósito também promover treinamentos aos profissionais ucranianos que têm participado das cirurgias em Kiev sob orientação dos brasileiros.

As cirurgias e tratamentos são totalmente gratuitos e os profissionais envolvidos são todos voluntários. O projeto recebe apoio de cinco distritos do Rotary e de associações em Minas, Rio, São Paulo e Ucrânia para cobrir as despesas com transporte e hospedagem.

Fazem parte do projeto os professores e cirurgiões bucomaxilofaciais Sergio Monteiro Lima Jr. e Fernanda Boos Lima da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. O professor Sérgio relata que o projeto tem previsão de duração de mais três anos e que está em tramite um acordo entre a Faculdade de Odontologia da UFMG e a Universidade Médica Nacional Bogomolets, na Ucrânia, para promover a mobilidade de estudantes das duas instituições para participarem do projeto.

Os professores citados acima, em uma dessas cirurgias, realizaram a implantação de uma mandíbula de titânio fabricada em Itapira (SP), a primeira do mundo totalmente customizada (adaptada ao paciente) em uma menina de 7 anos de idade, em Kiev, na Ucrânia.

Casados há três anos, acreditaram que estava na hora de ajudar as pessoas necessitadas, mesmo que não fossem brasileiras. Depois de ter feito a cirurgia na menina ucraniana, o casal vem acompanhando o pós-operatório por meio de relatórios enviados por colegas de Kiev.

“Os ucranianos se mostram muito interessados em absorver e aplicar nossa tecnologia, porque dispõem de poucos recursos e ainda precisam evoluir bastante na área”, disse Fernanda. O dentista Paulo Hemerson de Moraes (que desenhou a mandíbula pelo computador) e o implantodontista Theo Peres Colferal (que fabricou a peça banhada de titânio) acompanharam a cirurgia.

Dois dias após a operação, Fernanda filmou Lilya comendo com colher um bolo napoleão, aparentemente sem esforço. Ela chorou na hora e mal segurava as lágrimas toda vez que projetava a cena para amigos e colegas de profissão. “Lilya nunca havia mastigado nada antes, foi uma maravilha”, disse Fernanda. A mãe da menina, que só fala ucraniano e russo, improvisou um “thank you” para agradecer o que lhe parecia um milagre. Até aí, ninguém lhe havia dado a menor esperança.

Foi divulgada ,no dia 19/06, uma notícia sobre o assunto no estadão de São Paulo, para visualiza-la clique aqui.

 

Fonte: http://saude.estadao.com.br/noticias/geral,projeto-reconstroi-faces-e-vidas-na-ucrania,1882483