MANTENEDORES DE ESPAÇO ESTÉTICO FUNCIONAL FIXO NA DENTIÇÃO DECÍDUA COM USO DE DENTE “NATURAL” E DE ESTOQUE
Primeiro caso é de uma criança de 4 anos que sofreu avulsão do dente 61. Segundo relato da mãe, ele bateu a boca na janela enquanto brincava na casa da avó, saindo o dente inteiro da boca. Dentro de 1 mês, ele seria noivinho de casamento e não gostaria de ficar com a janelinha.
Segundo caso é de uma criança de 3 anos que compareceu após seu segundo traumatismo na região superior anterior de maxila. Segundo o responsável, ele caiu da escada e os dentes desapareceram. Os dentes 51,52 e 53 não foram detectados na radiografia e foram diagnosticados como avulsões.
De acordo com o Protocolo Internacional de Traumatismo na Dentição Decídua, o reimplante de dentes decíduos não está indicado (Day et al., 2020), pois pode causar ainda mais danos aos dentes permanentes em formação.
Além disso, a perda precoce de dentes decíduos anteriores geralmente não provoca distúrbios significativos à oclusão. Portanto, a decisão de realizar o mantenedor de espaço deve ser mediada conforme a vontade da criança, o objetivo/expectativa da família e o planejamento odontológico do profissional, levando em consideração a idade e cooperação da criança, o número de dentes envolvidos, presença de hábitos deletérios, presença de lesões de cárie e alterações oclusais.
IMPORTANTE: Devemos sempre realizar o acompanhamento clínico e radiográfico da criança até a remoção do mantenedor e erupção do dente permanente sucessor.